Servidor público relata dramas emocionais e financeiros após sofrer golpes digitais em série

17 de fevereiro de 2025 às 16:25

Casos ilustram uma escalada de crimes cibernéticos no país; a cada 16 segundos um brasileiro é atacado

Durante a Semana Mundial da Internet Segura(11 a 14 de fevereiro), que defende o uso ético e sustentável da rede, o servidor público Lucas Polinário decidiu expor os prejuízos sofridos por golpes digitais, e alertar outros usuários.

Os aborrecimentos começaram quando Polinário e o companheiro dele compraram uma geladeira pelo site de uma rede online, usando o PIX.O produto não chegou, e logo eles descobriram que era um site falso.”Acionamos o banco, a polícia e a loja, mas não recebemos o refrigerador, revolta-se o servidor.

Outro caso foi quando o servidor público foi assaltado e obrigado a fazer vários PIX para o criminoso. A conta foi zerada e o banco não se responsabilizou. “Celular com aplicativos deve ficar bem escondido e precisamos conhecer melhor os recursos tecnológicos para afastar bandidos”, relembra e alerta a vítima.

Em outra ocasião, um hacker invadiu a conta do servidor no Instagram, trocou fotos, enviou directs e fez publicações. “O processo para destravar a conta e voltar a usar o meu perfil não foi fácil”, lamenta -se Polinário.

E ainda tem o caso de uma prótese capilar, que hoje encontra-se “ judicializado”, mas aumenta os valores perdidos. “Vinte e quatro mil reais, resumem as perdas financeiras, fora os dramas emocionais”, resume o servidor.

Semana da Internet Segura

Polinário é uma das vítimas da escalada de crimes digitais no Brasil, que aceleraram 360% desde 2018, chegando a 2 milhões de registros em 2024. Atualmente, explode uma ocorrência a cada 16 segundos, denuncia o Fórum Nacional de Segurança Pública.

Dentre as preocupações demonstradas pelas autoridades, na Semana da Internet Segura 2025, está a dificuldade de interceptar fraudes, já que elas acontecem nas sombras, são executadas rapidamente e estão cada vez mais sofisticadas.

O especialista em Segurança da Informação Lucieliton Mundim, atua na área há mais de 15 anos, e afirma que os crimes digitais contra pessoas ou empresas seguem geralmente o mesmo roteiro. “A tecnologia, uma falha humana e um bandido, faminto por dinheiro ou informações privilegiadas”, descreve.

Para tentar conter essa explosão de crimes, o especialista sugere 3 medidas: